dezembro 10, 2006
Crescer dói...(Preciso escrever sobre essa dor. Não aquela dor de cabeça para qual buscamos um remédio para alívio. Tampouco aquela dor no corpo provocada por gripes e viroses que nos deixam acamados. Mas aquela dor profunda que não é física. Aquela dor que aperta o peito, que contêm o choro, que fecha os olhos e o sorriso. Que deixa nossa fisionomia tristonha, nosso semblante em agonia. Para essa dor é difícil calmante ou ansiolítico que acerte. Pode nos sedar , nos deixar serenos , por algumas horas, mas volta. A dor Volta ainda mais intensa.
Crescer dói sim. Toda descoberta nos faz sorrir e chorar. As vezes, o peso de uma coisa triste é mais elevado do que uma notícia boa.)Achei esses textos na internet. E vi que é o que estou sentindo agora. Estou crescendo e como isso dói. Eu quero crescer, quero mudar, quero melhorar, mas como tudo isso dói. Porque as lembranças sempre voltam. Porque as coisas acontecem e tudo isso faz parte desse crescimento e dessa dor...
E como uma pessoa muito especial sempre me diz, quando pergunto porque tem que doer: tem que acontecer coisas ruins na nossa vida, pra gente dar valor nas coisas boas.
Nunca vou entender porque tive que passar por tanta coisa ruim na minha vida. Porque não fui amada ao nascer. Porque ele me odiou tanto... porque tive que pagar pelos erros dos outros... porque tive que cometer tantos erros... porque choro tanto...
Mas preciso aprender a entender que tudo isso me fez o que sou hoje. E que ainda falta muito pra eu crescer. E ainda vai doer muito. Porque tem que doer mesmo...
Já prometi tanto pras pessoas e pra mim mesmo, que vou mudar... que vou fazer isso ou aquilo. E as vezes, penso que só andei pra trás... Mas hoje me imaginei numa estrada... Vou andando. Tenho um destino. E sigo em frente. Mas muitas vezes, tem poças de lama na frente e começo a pisar, então volto pra buscar um lugar melhor pra passar... São meus recuos na vida... Outras vezes, caio no buraco na frente que não vi. Muitas vezes sair dele é difícil. E penso que to perdendo tempo na minha estrada. E também choro porque não vejo mais o horizonte na minha frente. Não sei pra onde ir. Mas aí vejo uma mão estendida pra me ajudar. E aí descubro, que nem sempre, tenho que ir sozinha. Que andar junto é sempre melhor. Mas que as vezes também temos coisas que temos que andar sozinha. Existem pontes (pinguela) que só cabe uma pessoa por vez. E a pinguela balança, e voce tem medo de cair, não pode olhar pra baixo porque pode ficar tonta e perder o equilibrio. E nem sempre ela tem uma borda pra voce apoiar. As vezes é só um pau que foi colocado em cima do rio pra voce passar... Nessas horas, você pode contar com sua companhia e com ela, você vai se preparar pra quando terminar essa parte da passagem, encontrar de novo seus companheiros de viagem. E como é bom o reencontro. São emoções que precisamos passar. Uma alegria única de ser vivida.
E quando começamos nessa estrada, somos tão pequenas. E cada passo que damos, estamos crescendo. Só que nem sempre a gente percebe isso. Por isso as vezes vem as lembranças... E quando a gente olha pra trás, a gente vê o quanto mudou. As vezes as lembranças dói também porque com ela você também ta crescendo... Mas estou aprendendo que posso dividir isso também. Posso dividir minhas duvidas, minha dor, meu crescimento, minhas alegrias, minhas descobertas, meus reencontros, enfim minha vida...
E pra terminar, Caetano Veloso disse:
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é...Sinto dor, lembro de dor, mas também tem a parte da delicia e das lembranças gostosas da vida...
Não vou prometer, mas espero poder seguir n frente, crescendo, doendo, divertindo, chorando e sorrindo...
¤ Por:
¤ 10:01 AM ¤
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