outubro 05, 2006



Eu hoje estou um pouco triste mas nem por isso sem esperança. É que aprendi mais uma coisa na minha vida. Eu tava toda feliz com a minha afilhada em casa. E veio uma amiga da minha prima visitar... E ela me viu com a Laurinha e ajudando a Letícia. Levei pra trocar e tudo o mais... Aí ela perguntou quem ia ser a madrinha e quando ela falou que ia ser eu a menina respondeu. Como pode chamar a babá pra ser madrinha. Aí elas explicaram que eu era prima delas. Aí, ela falou que eu parecia babá pois eu era muito brega e boba. Nem sabia falar direito e que devia ser pobre pois nem sapato eu tinha pois eu tava descalça.. Então nem poderia dar presentes pra neném. Eu fiquei muito triste com aquilo. Como uma pessoa julga a outra sem nem conhecer assim na cara. Saí de perto e fui chorar no banheiro e elas ficaram conversando. Depois fiquei ouvindo de longe o que eles conversavam. As meninas estavam me defendendo e foi aí que percebi uma coisa: Que a garota vive uma vida muito sem graça. Nasceu e sempre morou em cidade grande e não sabe como são as coisas simples da vida. Nunca subiu numa arvore e comeu as frutas lá, madurinha.... Tomou banho no rio e na cachoeira. Não mexeu com a terra e sentiu o que é terra molhada. Não andou descalça. Acho que nem tomou banho de chuva com medo de adoecer. Não fez bichinho com manga verde e pauzinho. Ela perdeu tanta coisa boa na vida. Fui uma menina que cresceu descalça (por isso a mania de ficar descalça até hoje,) só de calcinha e as vezes até sem nada. Não tive brinquedos caros, aliás, nem brinquedos comprados baratos mas fiz muitos brinquedos que hoje vejo que tinham valor porque foram feitos por mim, com minha imaginação... Nem tive muito amor mas pelo menos eu tenho lembranças boas na vida de coisas simples. E foi aí que entendi uma música que minha tia gosta muito...

Ao Nosso Filho, Morena

Oswaldo Montenegro

Se hoje tua mão não tem manga ou goiaba
Se a nossa pelada se foi com o dia
Te peço desculpas, me abraça meu filho
Perdoa essa melancolia

Se hoje você não estranha a crueza
dos lagos sem peixe da rua vazia
Te olho sem jeito, me abraça meu filho
Não sei se eu tentei tanto quanto eu podia

Se hoje teus olhos vislumbram com medo
Você já não vê e eu juro que havia
Te afago o cabelo, me abraça meu filho
Perdoa essa minha agonia

Se deixo você no absurdo planeta
Sem pique-bandeira e pelada vadia
Fujo do teu olho, me abraça meu filho
Não sei se eu tentei, mas você merecia


Espero que meus filhos não sejam criados assim, em apartamento ou mansões fechadas e sem conhecer as coisas boas que eu vivi. Sei que já perdi muito com as mudanças do mundo, mas desejo que eles aprendam que as pessoas não são medidas pelo que vestem e pelo jeito que falam ou pelo que elas possam dar de presentes. Mas sim pelo que elas tem no coração. E não vou me preocupar de dar muitos presentes pra minha afilhada mas sim em me fazer presente na vida dela. Posso até dar presente pra ela mas espero que ela aprenda também a valorizar os sentimentos... Vou levar ela pra ver as coisas que você só vê na simplicidade. Vou sentar no chão e brincar com ela, como faço com a Bia, o Lucas e o Davi... Vou inventar brinquedos que o dinheiro não pode comprar...
Eu gosto muito de ouvir os adultos conversando sobre a infância deles. Falando de tudo o que tiveram num tempo que todo mundo era mais simples porque não tinha tanta coisa pra se comprar e as pessoas faziam mais do que achar tudo pronto...
Ainda estou triste porque é difícil você se sentir desprezada por uma pessoa. Me lembrou as muitas vezes que passei por isso. Doeu sim. Não só pelo que ela fez mas pelo que já senti. Pelas lembranças...
Mas cada coisa dessa vai me ajudar a crescer mais. E a usar mais a minha imaginação...

¤ Por: ¤ 3:11 PM ¤

Comments:
Ando sentimental...
Gosto disso.
Ando repleta de sentimentos.
Antes isso.
Ando e tenho andado assim.
Melhor isso.
Prefiro assim do que render-me ao amargo e ao vazio.
Não quero, não vou e não posso me azedar.
Heureca, finalmente heureca!
Enfim, eis me aqui em sentimentos e sentimentalidades....
 
Meu anjo o maior presente que os padrinhos e madrinhas podem dar é estar sempre presente na vida dos seus afilhados. Não são os presentes materiais e sim poder dividir as alegrias, tristezas, dúvidas, novidades, enfim a vida.
Olha eu fui criada em cidade grande, na grande selva de pedra e não aprendi a subir em árvores nem comer frutos colhidos na hora, mas me deliciava com essas infâncias nos livros e imaginava, nossa deve ser maravilhoso.
Amo-te.
 
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Hey!!!Dor
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei medo
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou

Hey!!!Dor
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada
Ei medo
Eu não te escuto mais
Você não me leva a nada

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá vou
É pra lá que eu vou

Yeah
Caminho do sol baby
Lalalalala
Caminho do sol baby

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou

E se quiser saber pra onde eu vou
Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou
É pra lá que eu vou
Lalalalalalala
É pra lá que eu vou
Lalaralara
Onde tenha sol, é pra lá que eu vou

Jota Quest

Composição: Antônio Júlio Nastácia